ROSANA MARIA CABRAL

ROSANA MARIA CABRAL

Quando criança e adolescente entendia que essa história de biografia fosse para os grandes vultos da história e para aqueles que realizaram feitos considerados impossíveis até então e que já haviam há muito desencarnado. Anos depois, ela tomaria um novo rumo: maneira de saber da vida alheia, ao descobrir biografias de artistas. E eis que, por fazer parte de uma Academia, sou solicitada a escrever a minha biografia!

A quem pode interessar o conhecimento de uma vida comum, com feitos comuns? Quem gastará seu precioso tempo lendo informações a respeito de uma professora? Como sou impelida a escrever por exigência de ser membro de uma Academia e que a mesma precisa publicar todas as biografias de seus integrantes em um site, para me animar a escrever, sou tomada pelo sentimento de que minha história possa inspirar tantas outras pessoas comuns como eu a fazer parte de uma Associação cuja finalidade é primordial: tornar a arte acessível. Então, imbuída deste rico propósito me disponho a falar, ou melhor, escrever sobre mim.

Meu nome é Rosana Maria Cabral. Minha mãe escolheu este nome porque os que havia escolhido antes, suas amigas na época também grávidas, copiaram. Mas de nada adiantou ela fazer segredo, pois minha prima nascida apenas dois meses antes recebeu de minha tia, adivinhem nome? Rosana! Minha avó encerrou a história dizendo que não tinha nada demais em duas primas terem o mesmo nome. E assim, passei a ser a Rosaninha para eles e minha prima a Rosaninha (também!) para nós.
Nasci na cidade de Santo André no famoso ABC Paulista, filha de Benedito Cabral e Aparecida Bertani Cabral. Aos sete anos de idade ganhei um irmão, Rogério José Cabral. E aos oito anos minha família mudou-se para Bananal, cidade natal de meu pai.

Em Bananal cresci, aprendi a fazer crochê, o que era quase que uma imposição, já que a cidade é até hoje conhecida como a terra do crochê.
Aos 17 anos minha família mudou-se novamente, agora para Lorena. A escolha da cidade aconteceu de forma um tanto aleatória. Ingressei no segundo ano do curso Magistério (que jamais deveria ter acabado, mas essa é uma outra história).

Formei-me no final de 1889. Em 1990 participei de todos os concursos possíveis, professor da rede estadual, municipal de Guaratinguetá e até mesmo para inspetor de alunos e faxineira. Passei em todos, sendo chamada primeiramente em Guaratinguetá. Em 1991 assumi uma turma de segunda série (hoje 3º ano considerando o fator idade) no bairro Santa Luzia. Foram muitas histórias, acontecimentos, mudanças de escola e de nível de ensino até que em 2017 me aposentei.
Em 1994 eu ingressava na carreira estadual. Escolhi a cidade de Canas, pois tínhamos algo em comum: eu era uma jovem e sonhadora professora, apesar de já contar com três anos de experiência e ela como recém-emancipada, promissora e confiante.

Foram 27 anos de dedicação e realização entre turmas do 1º ao 5º ano e um grande desafio: ser formadora de professores. O convite partiu do diretor da escola e da diretora de Educação do município, pois identificaram em mim o perfil de uma professora formadora. Desafio aceito e lá se foram 15 anos de crescimento profissional e aprendizado. Atuei nos Programas Letra e Vida, Ler e Escrever e PNAIC entre outros. Em setembro de 2021 resolvi sair do convênio entre o Estado e o Município e voltei para uma escola estadual. Fui rumo ao desconhecido: A Sala de Leitura, que todos diziam ser a minha cara. E não é que realmente era? Enfrentei desafios, “arregacei as mangas” literalmente e encaro todos os dias a missão de formar uma comunidade leitora com muito amor e dedicação.

Tanto na escola quanto na ALLARTE, utilizo do meu gosto pela arte de representar para criar personagens que buscam levar alegria, leveza e humanidade a todos.
O que me define como membro da ALLARTE é ser uma professora que acredita no poder transformador da leitura e da Literatura na vida das pessoas, além de levar acolhimento e descontração com minhas personagens.